sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Por que o cavalo e não o elefante?
O cavalo possui o movimento dos quadris semelhante ao do ser humano. "Nenhum outro animal faz igual. Chamamos de movimento cinésio terapêutico", explica Patrícia Graef, especialista em equoterapia e estudante do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ou seja, é um movimento tridimensional que proporciona ao praticante um trabalho dinâmico no tônus muscular, equilíbrio, conscientização corporal e coordenação motora. A equoterapia estimula também a auto-estima e o relaxamento, além de trabalhar com os órgãos sensoriais, principalmente olfato, audição e a visão.
Os movimentos emitem cerca de 1.800 a 2.200 estímulos ao praticante a cada 30 minutos. O cavalo suporta até 20% do seu peso. "Quando o instrutor precisa montar junto com o praticante, o cavalo cansa mais rápido. A depender do peso, machuca os rins do animal", explica professor Fernando Copetti, vice-coordenador do Centro de Educação Física da UFSM.
Segundo a educadora especial, Cristiane Missio, o cavalo adequado para equoterapia precisa executar passos simétricos, para que o andar seja calmo, sem a marcha de trote, comum às cavalgadas. Dessa forma, o animal transmite uma série de movimentos que contribuem para o ajuste do corpo do praticante.
O temperamento do cavalo conta mais que a raça. Para fins terapêuticos, o ideal é que o animal seja de índole dócil - faça os movimentos de forma suave e harmoniosa, sem ser arisco. "Um animal macho inteiro [sem ser castrado] não é recomendado", alerta Copetti. Além disso, deve ter o dorso mediano. Cavalos muito altos geralmente não são utilizados. E a garupa deve ser de proporção intermediária: não muito horizontal nem muito vertical.
Os movimentos emitem cerca de 1.800 a 2.200 estímulos ao praticante a cada 30 minutos. O cavalo suporta até 20% do seu peso. "Quando o instrutor precisa montar junto com o praticante, o cavalo cansa mais rápido. A depender do peso, machuca os rins do animal", explica professor Fernando Copetti, vice-coordenador do Centro de Educação Física da UFSM.
Segundo a educadora especial, Cristiane Missio, o cavalo adequado para equoterapia precisa executar passos simétricos, para que o andar seja calmo, sem a marcha de trote, comum às cavalgadas. Dessa forma, o animal transmite uma série de movimentos que contribuem para o ajuste do corpo do praticante.
O temperamento do cavalo conta mais que a raça. Para fins terapêuticos, o ideal é que o animal seja de índole dócil - faça os movimentos de forma suave e harmoniosa, sem ser arisco. "Um animal macho inteiro [sem ser castrado] não é recomendado", alerta Copetti. Além disso, deve ter o dorso mediano. Cavalos muito altos geralmente não são utilizados. E a garupa deve ser de proporção intermediária: não muito horizontal nem muito vertical.
Avaliação médica define quem pode praticar
Nem todos as pessoas são indicadas para a equoterapia. Antes de se tornar um praticante é necessário fazer uma avaliação para definir um programa diferenciado. Há casos em que a prática pode ser prejudicial. “Pessoas com problema de coluna, como escoliose, por exemplo, a cima de 30º graus, não é recomendado por causa da postura no cavalo”, explica Copetti.
A origem
Embora tenha sido identificado como método terapêutico na década de 60, a equoterapia tem antecedentes mais distantes. Hipócrates, 377 a.C. no livro "Das Dietas" já reconhecia a equitação como uma atividade de regeneração à saúde. Entretanto, apenas séculos depois é que pesquisadores na França admitiram os benefícios da equitação e incluíram o assunto nos meios acadêmicos.
Aos poucos, a equoterapia ganhou o mundo e admiração de muitos profissionais. Em 1990, um ano após a criação da Associação Nacional de Equoterapia (Ande) no Brasil, teria surgido o primeiro praticante no país. Hoje, estima-se cerca de 142 centros de Equoterapia filiados a Ande no país. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo são os estados que se destacam na prática, segundo a Ande.
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